segunda-feira, 26 de julho de 2010

Médium Aran


Seu nome de batismo é Kleber Aran Ferreira da Silva, conhecido como médium Aran. O médium Aran trabalha com a espiritualidade há treze anos, porém no começo foi muito difícil, uma vez que é filho de um casal evangélico.
Sua esposa Carla e seus filhos são sua vida, suas pérolas. Ele agradece a Deus todos os dias por ter dado a ele esta grande dádiva, estes seres que ele ama tanto.
O começo de seu desenvolvimento espiritual foi muito complicado, os fenômenos que ocorriam não eram bem entendidos. Os fenômenos de efeito físico aconteciam em sua casa todos os dias, devido à sua paranormalidade muito aguçada, no entanto, não era compreendida pelos seus pais, devido à sua religiosidade. Atribuíam esses fenômenos como coisa do diabo e não de Deus.
O primeiro fenômeno aconteceu aos quatro anos de idade com a levitação de um palmo da cama. Desse dia em diante a paranormalidade de Aran passou a aflorar junto à sua mediunidade. Por volta dos sete aos oito anos de idade, teve seu primeiro contato com os espíritos e pensava que eram pessoas vivas, encarnadas, devido à nitidez com a qual os via. Começou um novo e grande tormento, devido ao encontro que mantinha com os espíritos, às vezes, esses espíritos eram aqueles menos esclarecidos que o assustavam, levando-o ao pânico. Todos os dias quando acordava, toda a família procurava pela casa o que havia ocorrido enquanto dormiam, verificando se havia ocorrido algum fenômeno, que os pais interpretavam como a possessão de um espírito maligno que estava atuando dentro de seu filho Aran. Realmente o que acontecia vinha do mundo espiritual através da paranormalidade de Aran, de sua mediunidade de efeito físico em elevado grau de evolução.
Durante sua infância, por muitas vezes se sentia muito só, pois ao mesmo tempo em que presenciava o mundo dos vivos, convivia com o mundo dos espíritos desencarnados. Na escola, por causa dos fenômenos que ocorriam, os demais alunos, colegas de classe, professores e todo o colégio, o chamavam de anormal. Por muitas vezes ele desmaiou na escola, o que hoje sabe-se tratar de uma projeção do espírito para fora do corpo, em outras palavras – desdobramento – que é o espírito se desligar do corpo sem estar adormecido, sabendo o que ocorre em volta (no mundo espiritual e terrestre). Nesses desdobramentos, Aran se encontrava com crianças de sua idade, eram seus amigos espirituais, protetores, zelando pela sua vida e o preparando para sua missão de trazer alívio aos necessitados, amenizando suas dores físicas, morais e espirituais. Muitas vezes essas crianças espirituais lhe falavam que estava na hora de voltar para seu corpo. Aran entendia muito bem, mas dizia não querer voltar por sentir paz ao lado delas.
Começaram a acreditar nas suas visões e mediunidade, depois de um episódio que aconteceu na escola. A professora entrou na sala, Aran percebeu que ao lado da mesma entrara um senhor. Ele não entendia porque ninguém na sala de aula notava aquele senhor, principalmente a professora. Não resistindo à curiosidade, perguntou a professora se ela não estava vendo aquele homem ao seu lado. Ela respondeu: “lá vem você de novo com suas estórias, se não parar com isso vai ficar de castigo”. Aran insistiu: “professora, tem um senhor ao seu lado” e disse à professora o nome completo dele e suas características físicas. Ela sentou pálida na cadeira e Aran continuou a narrar: - “o senhor está dizendo que se sente em paz e pediu que a família não brigasse, pois havia chegado sua hora e a jornada iria continuar”. Nisso, a professora chorando o mandou parar e saiu da sala de aula, dirigindo-se à secretaria da escola. Chegando lá, o telefone tocou dando a notícia que seu pai falecera. Desde esse momento, a professora passou a ser o único apoio que Aran encontrou durante sua vida escolar, no primário e no ginásio. Depois de alguns anos, Aran ficou sabendo que essa professora havia falecido em um acidente de carro.
Por inúmeras vezes, enquanto lia livros, as letras das páginas sumiam e vinham imagens de lugares diferentes, que mais tarde o médium veio descobrir serem colônias espirituais. No fundo ele sabia que quanto mais lutasse contra, mais imagens, visões e espíritos apareceriam. A hora mais crítica era quando anoitecia. Ao escurecer, seu coração já começava a bater mais rápido, disparando, pois era naquela hora que os espíritos menos esclarecidos o atormentavam.
Aos dezessete anos de idade, um grande amigo, que hoje se encontra na espiritualidade, vendo todos aqueles fenômenos, levou Aran rapidamente a um centro espírita, pois na época Aran não sabia o que era o espiritismo. Ao se aproximarem do centro espírita, ele tremia bastante, sua mão suava e a cabeça doía fortemente. Quando chegaram à casa espírita, Aran foi colocado na mesa de médiuns. Ao sentar, seus olhos escureceram e não viu mais nada. Foi a sua primeira incorporação, com o nosso querido Dr. Bezerra de Menezes, psicografando com sua própria letra, trazendo uma mensagem para Aran de que este seria um médium de cura e que, daquele momento em diante, seria uma longa jornada.
Foram quatro anos de estudo, analisando aqueles fenômenos que ocorriam com ele e o que era o espiritismo. Ele está nessa missão de cura há mais de treze anos auxiliado pelos mentores que realizam curas através de suas mãos como se fosse uma forma de passe aos pacientes que chegam. Aran trabalha desde essa época até os dias atuais com vários espíritos de luz, esses grandes iluminados médicos do espaço.

FONTE: Do livro “O fenômeno” De Cássia Evódia de Sousa

Edson de Queiroz

Edson Cavalcante Queiroz (Recife, PE, 1950 a 5 de outubro de 1991), foi um médico ginecologista e médium brasileiro. Destacou-se pela prática de cirurgias espirituais atribuídas ao espírito do Dr. Fritz e sucedeu a José Arigó e aos irmãos Oscar e Edivaldo Wilde. Desde criança, Edson Queiroz manifestava dons mediúnicos, afirmando ser visitado pelo espírito de sua bisavó, o que não o deixava dormir, e brincar com pessoas que apenas ele enxergava. Mais tarde percebia índios e caboclos, confundindo-os com seres vivos. No primeiro ano na Faculdade de Medicina, teve que dissecar o cadáver de um homem negro. O espírito desse homem não gostou de ter o seu corpo retalhado pelo estudante, e passou a aparecer-lhe à noite, mostrando-lhe os grandes braços e mãos.

Assustado com essas visões, Edson procurou auxílio junto a um Centro Espírita, obtendo orientação para o espírito, que desse modo parou de incomodá-lo. De acordo com o próprio médium, ele jamais desejou se dedicar à Medicina: preparava-se para o Vestibular de Engenharia, quando um médium o procurou para transmitir-lhe uma mensagem do plano espiritual: deveria dedicar-se à área de Saúde. Obediente, Edson desistiu de seu sonho e ingressou no curso de Medicina, especializando-se em Ginecologia. Muitos anos mais tarde, em 1979, começou a incorporar o espírito do Dr. Fritz, que, como a Arigó, lhe trouxe reconhecimento e fama: com o aumento do afluxo de pacientes no Centro em que atendia, em Recife, a sua equipe ampliou-se até ao número de oitenta pessoas atendendo o trabalho burocrático. Nesta fase, as formas de tratamento praticadas pelo Dr. Fritz eram diversificadas:

  • alguns pacientes recebiam receitas dos medicamentos que deveriam tomar;
  • outros eram tratados espiritualmente, à distância;
  • uma boa parte era encaminhada ao Departamento de Passes;
  • as cirurgias espirituais eram efetuadas em dias marcados, em grupos de até cem pessoas.

As cirurgias eram efetuadas com grande rapidez, caracterizadas por escasso sangramento, os cortes fechados sem suturas e as pessoas raramente sentiam dor. Por vezes eram utilizadas agulhas, através das quais era desmaterializada qualquer substância estranha no interior do local, muitas vezes rematerializada em seguida, do lado de fora do corpo do paciente. Em outras ocasiões, o material sólido liquefazia-se, escorrendo gota a gota pela agulha. Segundo informado pelo Dr. Fritz, o tratamento com agulhas era utilizado nos pacientes que apresentavam problemas espirituais, obsessivos ou de ordem moral.

Uma das características que mais chamavam a atenção no trabalho com o Dr. Fritz, à semelhança do que acontecera com José Arigó, era a aparente falta de assepsia durante os procedimentos. Edson Queiroz chamava esse fenômeno de "fritzação", que descrevia como a inativação da patogenicidade dos micróbios. A rapidez com que o processo de cicatrização ocorria comprovaria esse processo. Um último aspecto, além da capacidade de diagnóstico, medicação e cirurgia, era a capacidade que o médium apresentava em transferir para alguém de sua escolha, parte de sua eficiência mediúnica.

Infelizmente, não existem estatísticas em relação ao trabalho mediúnico de Edson Queiroz, que chegava a atender centenas de pessoas por dia na Fundação Espírita Adolph Fritz, em Recife.


Zé Arigó



Nascido em uma fazenda na periferia de Congonhas, José Pedro de Freitas, o Zé Arigó, era o primogênito de uma família de dez irmãos. Desde pequeno viu-se assombrado por imagens macabras que o perseguiam por onde quer que fosse. Já na adolescência recebia a visita nada palpável de um homem que se dizia um médico alemão - Dr.Fritz - já falecido, que tinha a incumbência de praticar a cura de enfermos utilizando o corpo de Zé Arigó. Depois de muito resistir Arigó acabou por se submeter aos apelos do tal espírito. Já adulto Arigó foi preso por exercício ilegal da medicina. Mesmo na cadeia manteve a atividade: atendia internos, parentes, carcereiros e até um delegado da época levou sua mãe para ser operada da coluna. Artistas da televisão, cantores e outras celebridades enfrentavam filas quilométricas para receber o atendimento oferecido pelo médium. Políticos como JK e Jango também se aproximaram dele que era um dos personagens mais populares do país na segunda metade do século passado. Alguns jornalistas, ávidos por desmascara o curandeiro, se infiltraram nas filas, se passando por doentes, buscando desmistificá-los. Sem obter sucesso, alguns acabaram se tornando seus amigos. Sua morte, em janeiro de 1971, foi prevista pelo próprio Zé Arigó. Ela aconteceu de forma abrupta após um acidente na Rodovia BR 040. Por causa das suas convicções Espíritas, que acredita na teoria da reencarnação, a Igreja Católica não permitiu que seu velório fosse realizado em qualquer das igrejas de Congonhas. Trinta e quatro anos depois da sua morte, a ciência ainda se recusa a admitir que o fenômeno Arigó estivesse além do curandeirismo ou charlatanismo. Contestam aquilo que as imagens fartamente gravadas pelas câmeras de TV não permitem esconder.
Morreu aos 50 anos depois de dedicar mais de 20 a curas mediúnicas utilizando-se de equipamentos nada ortodoxos. Sem assepsia ou anestésicos, Arigó cortava a pele de pacientes que se enfileiravam à sua porta e extirpava tumores, cistos ou lipomas sem provocar dor ou sangramento. Suas curas chamaram a atenção de médicos de todo o mundo que foram à Congonhas estudá-lo. Por outro lado recebeu uma forte oposição da classe médica e também dos padres católicos - muito embora alguns poucos tenham recorrido às suas curas.